quinta-feira, maio 05, 2011

Pesadelo é bom porque acaba

De repente ela acordou. Sonhou que havia apanhado de seu marido. Não uma ou duas vezes, mas inúmeras. Como era aquilo possível?
Ele, um homem tão doce, correto, defensor do respeito à mulher, ao amor, à vida a dois... Um marido carinhoso, companheiro...
Ela, tão dona de si, defensora da libertação das mulheres, independente, dona de sua casa, de seu carro, de sua vida... Profissional de sucesso, mais que ele até!
Não. Aquilo não era possível. Só pudera ser pesadelo!
Mas o pesadelo fora real demais.
Real demais para ela continuar com ele,
real demais para ela continuar sonhando,
real demais para ela voltar a dormir.
Então ela acordou e, finalmente, se separou dele.
E pela primeira vez ela foi realmente dona de si.
Ele? Ele não existia. Ele era outro.

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